Nós falamos bastante em nossas redes sociais sobre os benefícios que a consultoria em eficiência energética pode levar a nossos clientes, mas nem sempre fica claro quais processos usamos e quais soluções oferecemos. A verdade é que a consultoria é um campo amplo e, a priori, problemas diferentes demandam soluções diferentes. Hoje, contudo, iremos nos estender um pouco mais sobre uma solução comum para clientes de média tensão: os bancos de capacitores.
Afinal, o que são os bancos de capacitores?
Os bancos de capacitores são associações em série ou em paralelo de capacitores. São usados comumente para corrigir o fator de potência de instalações com muita carga indutiva instalada ou então para compensação de potência reativa.
Qual a importância desse sistema?
Desde de o ano 2000, a eficiência energética tem um papel fundamental no planejamento elétrico de instalações de alta e média tensão, como comércios, condomínios e indústrias. Isso se deve ao fato de que, com o intuito de aumentar a capacidade de transmissão do sistema elétrico nacional, a ANEEL regulamentou um fator mínimo de potência (0,92) para as unidades consumidoras, acompanhado de multas para aqueles que não atinjam esse limiar. Uma forma conhecida de corrigir o fator de potência é instalar bancos de capacitores, que além de evitar as multas trazem benefícios como a melhoria da tensão disponível, o aumento da vida útil das instalações e equipamentos, a redução dos efeitos das cargas harmônicas da instalação e a redução do efeito Joule, trazendo economia na conta de energia.
Tipos de bancos de capacitores
A diferença nas demandas das unidades consumidoras exige que o dimensionamento dos bancos de capacitores seja muito específico para cada demanda. Nos projetos podem ser usados três tipos de Bancos de Capacitores: os automáticos, os semiautomáticos e os fixos.
Nos bancos de controle automático, existe um controlador que adiciona ou remove conjuntos de células capacitivas da rede. Através de medições de energia, este controlador manobra a carga capacitiva disponível de forma a adicionar apenas a carga capacitiva necessária para a correção do fator de potência, atuando de forma pontual e precisa. São indicados para uso em condomínios, pequenos, médios e grandes comércios e indústrias com motores que ligam e desligam muitas vezes ao dia. Possuem uma durabilidade alta, já que não ficam acionados o tempo todo.
Os bancos semiautomáticos são programáveis e, em geral, possuem um sistema de controle baseado em intervalos de tempo, sendo o dia dividido em horários. Os capacitores são acionados no “horário indutivo” e desativados no “horário capacitivo” (em geral de 0h às 6h). São indicados para pequenas indústrias ou comércios com períodos longos de desligamento das cargas (à noite, por exemplo). Por ficarem ligados por mais tempo, possuem uma vida útil menor que dos bancos automáticos.
Os bancos fixos, por fim, não possuem nenhum sistema de controle que desligue as cargas capacitivas da rede, ficando ligadas de forma fixa. Por este motivo, é importante que o sistema seja muito bem dimensionado, já que reativos capacitivos em excesso também podem gerar multas. São indicados apenas para correção do fator de potência do transformador em vazio. É a alternativa mais barata, mas também apresenta menor vida útil, já que o capacitor fica ligado 24 horas por dia todos os dias.
Afinal, como saber se você precisa desse sistema?
Como foi visto, o banco de capacitores pode ser um grande aliado para quem precisa cortar custos em energia. Para saber se você precisa desse sistema, o primeiro passo é avaliar se em sua conta de energia constam multas e a que elas se referem. Mesmo que não conste, é válido contratar uma empresa especializada para checar qual o fator de potência da sua instalação, visto que você pode estar consumindo mais do que precisa se ele estiver distante de 1. A Ejel é especialista em projetos de consultoria energética e pode te ajudar a tomar a melhor decisão nessa situação. Entre em contato conosco para mais informações!
